“Só Vaquinha Boa tem intenção de sensibilizar pelo amor, não pela dor”,
diz criador do site
O que une os caminhos de uma
bailarina que nasceu sem os braços, um designer industrial inventor de
luvas biônicas para pessoas com deficiência e um grupo de cientistas que buscam
curar tumores de câncer cerebral
infantil a partir do zika vírus modificado? A necessidade de apoio financeiro
para a concretização de seus sonhos e projetos de vida.
E isso pode
ser tornar possível com a ajuda de diferentes pessoas por meio da Só Vaquinha Boa,
plataforma de financiamento coletivo criada com foco em ajudar talentos
brasileiros de todas as áreas. A iniciativa é do portal Só Notícia Boa,
dedicado a veicular somente reportagens com impactos positivos.
“A intenção
do Só Notícia Boa foi criar uma plataforma com histórias positivas para
sensibilizar as pessoas pelo amor, não pela dor, pelo sofrimento, nem pela
desgraça humana. E é o amor que esses talentos têm pelo que fazem que vai nos
impulsionar a contribuir para transformar a vida deles e comemorar junto as
conquistas”, explica o jornalista Rinaldo de
Oliveira, criador do site.
Uma dessas histórias é a da bailarina
mineira Vitória Bueno, de 17 anos, que nasceu sem os braços. Seja
no balé clássico, sapateado ou no jazz, a vida de Vitória é movida
pela dança, que ela se dedica desde os cinco
anos. Vitória tem sido destaque nos palcos, onde é notada por grandes nomes do
balé, ou nas redes sociais. Somente em seu perfil no Instagram, o @vihb_bailarina, ela soma 206 mil seguidores.
Apesar dos
passos de dança muito bem executados e do sorriso sempre presente em seu rosto,
Vitória segue enfrentando obstáculos. Com persistência e talento, busca
ultrapassá-los. De família humilde, a mãe dela está desemprega e a única renda
vem do padrasto, que é aposentado.
Entre os
sonhos atuais da bailarina estão a construção de um estúdio de dança adaptado,
além de um banheiro com acessibilidade. Hoje ela estuda e faz seus ensaios em
um pequeno quarto que divide com a irmã e toma banho sentada no chão do
banheiro para evitar o risco de cair. Tudo isso pode ser realizado com o
dinheiro arrecadado pela campanha
para a Vitória no Só Vaquinha Boa.
Mais do que
ajuda para questões materiais – essenciais para o aprimoramento da dançarina –
o dinheiro arrecado servirá como gás para Vitória seguir fazendo o que mais
ama. “Pretendo dançar muito ainda e poder representar o Brasil. Quero mostrar
para o mundo que, independente da deficiência, independente da dificuldade, nós
podemos tudo. E é como eu costumo dizer: você pode tudo, menos desistir”,
afirma a bailarina.
Campanhas também ajudarão projetos em
Tecnologia e Ciência
Quando o maestro João Carlos Martins
anunciou que faria uma cirurgia nas mãos e, consequentemente, teria que se
despedir dos pianos, o designer industrial e professor de desenho Ubiratan Bizarro não se conformou.
Ubiratan tem carreira na área de design inclusivo e pensou como o seu trabalho
poderia ajudar o maestro a continuar tocando. Foi aí que ele inventou uma luva
biônica que devolveu os movimentos dos dedos do maestro.
As luvas foram entregues como
presente de Natal, em 2019, e o vídeo do João Carlos Martins tocando com ela
fez bastante sucesso, rendendo outras encomendas. O que Ubiratan pretende agora
é ajudar quem não tem condições de pagar pelas luvas, reduzindo o valor em até
50% através da construção de uma oficina inclusiva.
A intenção com a oficina é baratear
todo o processo de confecção das luvas. Com parte do valor que será arrecado no
Só Vaquinha Boa, o designer produzirá 20 luvas para doar a pessoas carentes.
“Eu preciso de pessoas que possam me ajudar para aumentar a produção das luvas
para beneficiar o máximo de pessoas possível. Eu não consigo mais fazer
sozinho, então preciso de investimentos”, explica o profissional. Para ajudar
Ubiratan a beneficiar outras pessoas por meio do seu projeto é só clicar aqui.
Outra Vaquinha disponível na
plataforma do Só Vaquinha Boa vai ajudar cientistas do Centro de Pesquisas
Sobre o Genoma Humano e Células-Tronco da Universidade de São Paulo (USP). Eles
descobriram que é possível curar tumores de câncer cerebral infantil
modificando a estrutura do zika vírus. Testes já foram realizados em animais e
apresentaram bons resultados.
A meta agora é avançar nas testagens
e possibilitar o tratamento em humanos. “Estamos muito animados com a
possibilidade de testar o tratamento em pacientes humanos e já estamos
conversando com oncologistas. Também submetemos uma patente com o protocolo
terapêutico adotado em roedores”, contou ao Só Notícia Boa a professora do
Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) Mayana Zatz. A
campanha já está no ar e pode ser conferida aqui.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil