Dado é da 5ª edição da
pesquisa Retratos da Leitura no Brasil
Cinco das 10 capitais brasileiras que mais
leram em 2019 são do Nordeste. A campeã João Pessoa, capital da Paraíba, tem
64% da população classificada como leitora. Em seguida aparecem Curitiba, com
63%, Manaus, com 62%, Belém, 61%, e São Paulo, 60%. Abaixo dessas aparecem,
respectivamente no ranking, Teresina (59%); São Luís (59%); Aracaju (58%);
Salvador (57%); e Florianópolis (56%).
Vale destacar que a pesquisa foi realizada
antes da pandemia de Covid-19, que pode ter impactado a leitura dos brasileiros
para mais ou para menos.
A lista faz parte da 5ª edição da pesquisa
Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto pró-livro (IPL), realizada em
parceria com o Itaú Cultural. Para chegar nos resultados, a pesquisa ouviu
8.076 entrevistados em 208 municípios entre outubro de 2019 e janeiro de 2020,
sendo 5.874 nas capitais de 26 estados e do Distrito Federal. A pesquisa é
realizada de quatro em quatro anos.
Foram considerados como leitores aqueles que
leram, pelo menos, um livro inteiro ou em partes, nos últimos três meses
antecessores à pesquisa. A nível nacional, os dados de 2019 mostram a
existência de 52% de leitores e 48% não leitores entre os entrevistados. O
número caiu em comparação à pesquisa anterior, realizada em 2015. Na época,
foram 56% leitores e 44% não leitores.
As maiores quedas no percentual de leitores
foram observadas entre as pessoas com ensino superior – passando de 82% em 2015 para 68% em 2019 -,
e entre os mais ricos. Na classe A, o percentual de leitores passou de 76% para
67%.
Internet e
falta de dinheiro motivaram queda
Para a coordenadora da pesquisa, Zoara Failla,
em entrevista à Agência Brasil, a internet e as redes sociais são razões para a
queda no percentual de leitores em todo o país, sobretudo entre as camadas mais
ricas e com algum curso de graduação
concluído. “[Essas pessoas] estão usando o seu tempo livre, não para a leitura
de literatura, para a leitura pelo prazer, mas estão usando o tempo livre nas
redes sociais”, diz.
Também foram apontadas dificuldades para ter
acesso aos livros. “O Brasil está vivendo uma crise na economia, vemos
dificuldade para o acesso, para a compra [de livros]. As pessoas estão
frequentando menos bibliotecas”, diz Zoara.
À pesquisa, 5% dos leitores e 1% dos
não leitores disseram não ter lido mais porque os livros são caros; e, 7% dos
leitores e 2% dos não leitores não leram porque não há bibliotecas por
perto.
Fonte: Agência Educa
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