A atuação vai muito além da criação de
marcas e peças visuais
Criatividade, dinamismo, jogo de
cintura e bastante senso de humor, aliados a uma mente brilhante são alguns dos
pré-requisitos para o profissional que comemora hoje (05/11) o Dia Nacional do Designer
Gráfico.
Tendo que aprender a lidar com
incontáveis memes na internet e na vida real, os designers até brincam com a
famosa frase “meu sobrinho faz isso de graça”. Com o advento tecnológico e as
facilidades dos aplicativos de criação, ficou ainda mais fácil apostar nesta
profissão, mesmo sem formação. É o caso do autodidata Amós Silva, que encontrou
no Design
Gráfico a oportunidade para driblar o desemprego.
O estudante de Engenharia
Elétrica resolveu investir em cursos na área para criar o instagram @plurartsz, onde expõe as suas
criações com o intuito de atrair clientes. “Tudo começou como uma brincadeira,
sempre gostei de editar fotos, trabalhar com a manipulação de imagens nos
programas de edição. Até que vi que isso poderia me trazer algum retorno
financeiro, então resolvi investir em cursos na área e hoje consigo tirar uma
renda com isso”, revela.
Engana-se quem acha que o
trabalho do designer se resume apenas a criações e tratamento de imagens. Bom
senso estético e criatividade não são suficientes para assegurar sucesso na
carreira. O processo criativo do profissional começa com uma conversa com o
cliente – o famoso briefing – envolve planejamento e boa dose de conhecimento
de mercado, além do uso de programas que se atualizam constantemente. A
sensibilidade é também imprescindível para os detalhes finais das campanhas. Da
paleta de cores à mídia que veiculará a arte desenvolvida, cada escolha exige
estudo e muito critério.
Atuando no mercado há 15 anos, o
designer Ricardo Kyukawa enfrentou diversos obstáculos ao longo da
profissão, mas não desistiu. “No começo, sempre havia aquela brincadeira de ‘o
sobrinho do chefe faz’ ou ‘é só uma marquinha, não demora tanto’ e isso
mostrava o quanto que o profissional era desvalorizado. Hoje, as empresas
enxergam o papel e a importância do profissional no mercado de trabalho e isso
me enche de orgulho”, diz.
Formado desde 2005, Kyukawa
sempre esteve atento aos avanços tecnológicos, o que possibilitou transitar por
diversas vertentes. “Comecei como assistente de arte e criava peças para
divulgação e hoje acompanho a evolução do chamado designer digital, que lida
com a criação de banner, cards, sites, hotsite e novas tendências como o
Instagram, Facebook, e-mail digital”, revela.
Atualmente, o papel do designer é
ainda mais amplo. É ele quem lida também com a parte funcional dos produtos e
do relacionamento com o cliente. Um exemplo disso é a atuação do profissional
na criação de interfaces de aplicativos que têm o olhar voltado para as
experiências do usuário com os aplicativos, sistemas ou sites.
“Durante toda a minha carreira,
nunca vi essa expansão que está acontecendo agora, ganhando novas frentes e
novas formas de trabalho. Hoje, a grande maioria que atua nessa área de UX
(User Experience) / UI (User Interface) são designers e isso foi uma
transformação que a área teve e que está bem em alta porque é um conhecimento
super relevante para as empresas. Nosso papel é estar atentos às novas
tendências pensando sempre na funcionalidade. Não basta somente deixar as
coisas bonitinhas”, aponta o profissional.
Raio-X da profissão
O designer gráfico atua com
projetos de comunicação visual, visando atender as necessidades do mercado
relacionada à identidade visual, usabilidade de interfaces (UI e UX), etc. Por
atuar tanto com produtos digitais, quanto com impressos, o campo profissional
sofre bastante influência das inovações tecnológicas do mundo digital que
disponibilizam ferramentas para criação e produção de peças gráficas.
Normalmente, os designers utilizam softwares
como Photoshop, Illustrator, Corel, InDesign, After
Effects, entre outros.
Em geral, um designer passa, em
média, quatro anos cursando uma faculdade para obter diploma de graduação.
Cursos tecnólogos duram a metade deste período. Ter afinidade
com desenho e gostar de arte são características desejáveis para
quem pretende seguir carreira em Design Gráfico. Gostar de tecnologia é também
importante, pois a atuação exigirá a utilização de muitas ferramentas de
computação gráfica. As possibilidades de atuação são amplas, de estúdios de
design, à agência de publicidade e empresas em geral que sabem o valor da
comunicação.
Fonte:
Larissa Mesquita – Agência Educa Mais Brasil