Ensino híbrido
está entre opções defendidas pelos pais para salvar calendário escolar
O rendimento das aulas durante a
pandemia foi tema de pesquisa envolvendo pais de alunos, para saber qual é a
opinião deles sobre o ano letivo de 2020. O levantamento conduzido pela
Fundação Lemann, em julho, mostrou que a maioria defende a continuidade das
aulas de 2020 no próximo ano. A pesquisa ouviu pais de estudantes em todo o
país. Segundo os dados divulgados, o ensino híbrido é apontado como uma das
alternativas apoiadas por esses responsáveis.
É consenso entre os pais que as
aulas a distância diminuíram o rendimento escolar. Nesse contexto, muitos dos
que responderam à pesquisa, realizada por telefone, defenderam a necessidade de
dar continuidade aos assuntos importantes que deveriam ser vistos nesse ano.
Por isso, 86% dos entrevistados apoiaram a continuidade do aprendizado previsto
para 2020 no ano que vem.
Dentre outras alternativas para
salvar o ano letivo, a pesquisa mostrou que 92% dos pais defendem a
continuidade das atividades virtuais em casa, em conjunto com as aulas
presenciais (ensino híbrido); 76% afirmaram apoiar aulas aos sábados; 74%
querem aulas em dias alternados, enquanto as restrições da quarentena ainda
prosseguem e 73% acredita que os filhos devem ter mais aulas por dia.
Em relação ao rendimento dos
estudos em casa, 48% dos pais alegaram que os filhos estão menos envolvidos nas
escolas
do que no período anterior à pandemia e 18% consideram que eles perderam o
interesse pelo estudo. Além disso, a pesquisa pontuou que a falta de motivação
para estudar passou de 46% em maio para 51% em junho.
A pesquisa revelou, ainda, que o
desafio inicial de oferecer acesso aos conteúdos escolares foi cumprido pela
maioria das escolas, em que 82% dos alunos receberam atividades pedagógicas,
sendo que 44% combinam material impresso com algum tipo de equipamento
eletrônico (celular, computador, TV com acesso à internet ou rádio).
Para o presidente da Fundação
Lemann, Denis Mizne, “a reprovação de todo mundo não faz sentido. Tem um custo
altíssimo para o sistema, aumenta a evasão escolar brutalmente e vai ser muito
frustrante diante do esforço de professores, alunos e famílias para oferecer
alternativas de ensino durante a pandemia”.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil