Diversas instituições
permitem que pessoas conheçam seu acervo de forma virtual
No dia 18 de maio é comemorado o
Dia Internacional dos Museus,
lugares onde são reunidas diversas histórias de todo o mundo. Esse dia foi
criado em 1977 pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM) como um dia
especial para a comunidade mundial dos museus. Com uma rica herança
patrimonial, conciliar a tradição de conservação da memória com a criatividade
para ser o chamariz do público ainda é um desafio.
Os museus são fonte privilegiada
de conhecimento, pois preservam referências materiais da memória de um povo.
Através de suas coleções, podem permitir investigações históricas e, assim,
subsidiar pesquisas, que contribuam para estabelecer conexões entre o passado e
o presente.
“Os museus possuem uma função
social e educativa muito forte. Por meio de suas ações podem complementar
conteúdos escolares, abordar temas de interesse da comunidade, utilizar a arte
como terapia, fortalecer a identidade cultural dos povos, associar lazer ao conhecimento e favorecer o
convívio do indivíduo com diversas manifestações artísticas, despertando o
potencial criativo e a noção de que somos participantes do processo histórico”,
afirma a museóloga
Osvaldina Cezar de Mesquita.
Não existe museu sem os diversos
tipos de públicos, por isso, mesmo neste período de pandemia, onde o isolamento
social é necessário para combater o contágio do coronavírus, os museus
precisaram se reinventar. Diversas instituições espalhadas pelo mundo
disponibilizaram o seu acervo para visitação virtual.
De maneira geral, os museus têm
se inserido de forma mais participativa no mundo da internet, colocando as
modernas tecnologias a seu favor. Neste período de pandemia, as redes sociais
estão ainda mais movimentadas, por meio da transmissão de palestras,
videoconferências e divulgação sobre o acervo dos museus que já faz parte da
rotina institucional.
“Quando visitamos museus, temos a
oportunidade de viver experiências sensoriais e cognitivas que estão
diretamente associadas à nossa história, ao nosso passado. É possível observar
objetos com mais de 300 anos que provavelmente só seriam vistos por fotos em
livros ou na internet. A energia de estar perto de uma peça original amplia sua
noção de tempo, de permanência histórica e cultural”, diz a museóloga ao
defender a visitação nas instituições.
Existem diversos museus
espalhados pelo mundo, que guardam importantes obras que carregam histórias de
diferentes povos e raças. Visitá-los, mesmo que de forma virtual, é necessário
para a formação intelectual do indivíduo.
“O ser humano necessita de arte
para ajudar a lidar com seus anseios, frustações, incentivar seu potencial
criativo, se reconhecer como indivíduo produtivo e pertencente a um grupo
cultural, conhecendo e valorizando sua própria história, sua própria
identidade. Por isso, existem museus tão
variados, porque sem arte e sem valorizar nossas raízes seríamos muito vazios.
Os museus contribuem para a formação de um ser integral”, conclui Osvaldina.
Como visitar museus virtuais
Como comentamos, visitar museus
virtuais é bem simples. Você precisa de um aparelho – computador ou smartphone
– com acesso à internet. Os links de acesso são disponibilizados por diferentes
museus ao redor do mundo. Nós criamos uma lista com algumas galerias virtuais
que você pode acessar agora mesmo.
Museu da Misericórdia da Bahia